Zlata tem onze anos e vive em Sarajevo. Mantém um diário, no qual vai registrando seu cotidiano. Mas a guerra eclode na ex-Iugoslávia e irrompe no diário da menina. As preocupações do dia-a-dia desaparecem diante do medo, da raiva, da perplexidade. O universo de Zlata desmorona. "Domingo, 5 de abril de 1992Dear Mimmy,Estou tentando me concentrar nos deveres (um livro para ler), mas simplesmente não consigo. Alguma coisa está acontecendo na cidade. Ouvem-se tiros nas colinas. [...] Sente-se que alguma coisa vai acontecer, já está acontecendo, uma terrível desgraça."Título Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - FNLIJ 1994, categoria tradução/criança
O visconde partido ao meio, publicado originalmente em 1952, veio a compor com O cavaleiro inexistente e O barão nas árvores uma trilogia a que Italo Calvino (1923-85) chamou de Os nossos antepassados, uma espécie de árvore genealógica do homem contemporâneo, alienado, dividido, incompleto. É a história de Medardo di Terralba, o voluntarioso visconde que, na defesa da cristandade contra os turcos, leva um tiro de canhão no peito, mas sobrevive, ficando absurdamente partido ao meio. A metade direita atormentada pela maldade, e a esquerda, pela bondade. "Ainda bem que a bala de canhão dividiu-o apenas em dois", comentam aliviadas suas vítimas.
Após cumprir pena de trabalhos forçados por quase vinte anos, Jean Valjean é posto em liberdade. Seu coração está cheio de ódio e rancor. Sem ser aceito em nenhum lugar, encontra abrigo na casa do bispo, que lhe oferece comida e pouso. Mas a amargura e a revolta que traz no coração fazem com que Jean Valjean não reconheça a generosidade recebida. A partir desse acontecimento, Jean Valjean vai descobrir uma fé que julgava morta dentro dele, e qualidades que também desconhecia haver em si próprio.
O diário da catadora de papel Carolina Maria de Jesus deu origem à este livro, que relata o cotidiano triste e cruel da vida na favela. A linguagem simples, mas contundente, comove o leitor pelo realismo e pelo olhar sensível na hora de contar o que viu, viveu e sentiu nos anos em que morou na comunidade do Canindé, em São Paulo, com três filhos.
Os contos deste livro retratam situações insólitas em que o dramático e o fantástico se misturam, alterando o cotidiano de pessoas comuns.