Os poemas escolhidos para integrar esta coletânea desnudam os elementos fundamentais da obra de João Cabral de Melo Neto. Morte e Vida Severina (1954-55), poema que dá nome ao livro, é a obra mais popular de João Cabral e aborda o tema da seca nordestina, dando voz aos retirantes que fazem o duro percurso entre o rio Capibaribe e Recife. O poema O rio também retrata o universo árido às margens do rio Capibaribe, mas dá voz a ele próprio como condutor da narrativa. Engenhos de cana-de-açúcar, usinas, retirantes e trabalhadores são retratados na velocidade do correr das águas. Em Paisagens com figuras (1955), João Cabral sintetiza em palavras uma de suas principais características, que é o hibridismo de linguagens. Mesclando descrições de imagens de Pernambuco, com paisagens da Espanha, o poeta desfila toda sua expressividade onírica. Por fim, Uma faca sem lâmina (1955), trata do desafio da composição poética, que ele ilustra numa faca sem bainha, que corta o poeta por dentro.
Neste divertidíssimo e lúdico livro, Eva Furnari nos presenteia com as hilárias listas do Clube das Listas, criadas por seus ilustres membros. Com elas, descobrimos que lavar roupa com suco de uva e encher a banheira com conta-gotas estão entre os piores jeitos de se realizar uma tarefa: ficamos nos indagando sobre as razões do sucesso de marketing dos negócios do tio do Xulinho (ponto de táxi Tartaruga, pet shop Cachorro quente etc).
Quando se fala em mitologia, a primeira ideia que nos vem é a dos deuses e heróis dos mitos gregos. A preocupação do autor desta antologia foi a de aproximar os heróis gregos do jovem leitor de hoje, usando uma linguagem simples e humanizando seus personagens. Pandora se enreda em problemas como tantas outras mulheres curiosas deste mundo; Perséfone enfrenta o ciúme de Deméter como muitas outras moças que escolhem um marido que não agrada à mãe; o ambicioso rei Midas é um ser humano como muitos outros que aprendem grandes lições por meio do sofrimento. Para ilustrar este livro, Pep Montserrat reinventa imagens da Antiguidade clássica adotando estilo e cores modernas. Assim, autor e ilustrador oferecem ao leitor de hoje uma versão vibrante e inovadora dessas histórias eternas.
Três irmãs, duas idades diferentes, três visões de mundo, todas no mesmo barco, de férias na Antártica. Conheça neste livro o delicado equilíbrio do planeta e, de quebra, o divertido jeito de encarar o mundo das jovens Laura, Tamara e Marininha, filhas do navegador Amyr Klink e da fotógrafa Marina Bandeira Klink. Nos relatos de viagem, estão as lembranças de cinco expedições em família ao continente antártico, onde focas, pinguins, baleias e muitos outros animais especiais passam o verão. Com ainda pouca vivência, elas já sabem e entendem que nosso planeta precisa de cuidados e que, onde quer que a gente viva, nossas atitudes refletem em lugares muito distantes daqui.
A história é narrada nas cartas que Marisa escreve para a prima Ângela. Além de fatos do cotidiano de sua casa, da escola, dos amigos, Marisa conta o desenrolar do mistério que se criou em torno do novo vizinho, um ser invisível, o misterioso morador da casa verde. O texto é leve, muito agradável, escrito em forma de narrativa epistolar, falando sobretudo sobre a amizade e o encontro com o outro.
Um livro de parlendas que auxilia o processo de leitura e alfabetização. Todo em letra bastão, algumas palavras da parlenda são desenhos, que instigam o pequeno leitor a decifrar o código escrito por meio da identificação de palavras dispostas no final da página. Fazendo a relação palavra e imagem, as crianças, mesmo as pequenas, conseguem ler as parlendas memorizadas, o que é um incentivo à aquisição da leitura convencional.
Os contos deste livro retratam situações insólitas em que o dramático e o fantástico se misturam, alterando o cotidiano de pessoas comuns.
O diário da catadora de papel Carolina Maria de Jesus deu origem à este livro, que relata o cotidiano triste e cruel da vida na favela. A linguagem simples, mas contundente, comove o leitor pelo realismo e pelo olhar sensível na hora de contar o que viu, viveu e sentiu nos anos em que morou na comunidade do Canindé, em São Paulo, com três filhos.
Após cumprir pena de trabalhos forçados por quase vinte anos, Jean Valjean é posto em liberdade. Seu coração está cheio de ódio e rancor. Sem ser aceito em nenhum lugar, encontra abrigo na casa do bispo, que lhe oferece comida e pouso. Mas a amargura e a revolta que traz no coração fazem com que Jean Valjean não reconheça a generosidade recebida. A partir desse acontecimento, Jean Valjean vai descobrir uma fé que julgava morta dentro dele, e qualidades que também desconhecia haver em si próprio.