Um livro de parlendas que auxilia o processo de leitura e alfabetização. Todo em letra bastão, algumas palavras da parlenda são desenhos, que instigam o pequeno leitor a decifrar o código escrito por meio da identificação de palavras dispostas no final da página. Fazendo a relação palavra e imagem, as crianças, mesmo as pequenas, conseguem ler as parlendas memorizadas, o que é um incentivo à aquisição da leitura convencional.
Era uma vez uma casa na rua Egito, onde morava um coelho chamado Edward Tulane. O coelho era muito feliz: pertencia a uma menina chamada Abilene, que o tratava com o maior cuidado e o adorava. Mas um dia o coelho se perdeu e foi obrigado a viajar, das profundezas do oceano até a rede de um pescador, do topo de um monte de lixo até a fogueira de um acampamento de mendigos, da cama de uma criança doente até as ruas de Mênfis. Nessa aventura extraordinária, Edward aprendeu a amar, sofreu perdas e voltou a amar.
O visconde partido ao meio, publicado originalmente em 1952, veio a compor com O cavaleiro inexistente e O barão nas árvores uma trilogia a que Italo Calvino (1923-85) chamou de Os nossos antepassados, uma espécie de árvore genealógica do homem contemporâneo, alienado, dividido, incompleto. É a história de Medardo di Terralba, o voluntarioso visconde que, na defesa da cristandade contra os turcos, leva um tiro de canhão no peito, mas sobrevive, ficando absurdamente partido ao meio. A metade direita atormentada pela maldade, e a esquerda, pela bondade. "Ainda bem que a bala de canhão dividiu-o apenas em dois", comentam aliviadas suas vítimas.
Bruxa de verdade nem parece bruxa. E aí está o perigo. Como é que a gente vai saber quem é bruxa e quem não é? Pois este livro conta a história de um menino que, de tanto se meter em encrenca com bruxas, acabou especialista no assunto.
Opúsculo humanitário, lançado originalmente em 1853, provocou abalos na cultura brasileira sentidos até hoje. A obra discute a educação feminina como um tópico central para o ensino como um todo. Para Nísia Floresta, pensadora nascida em um povoado do Rio Grande do Norte em 1810 e figura incontornável no debate da história educacional no Brasil, o lugar da mulher na sociedade revela-se uma medida do grau de civilização alcançado. Através de comentários sobre diferentes períodos históricos, a lendária educadora potiguar critica o legado da colonização portuguesa e os recursos punitivistas comuns em sala de aula, e propõe uma reforma radical, que inclui a mulher como sujeito pleno desta mudança. Com o estabelecimento de texto e notas contextualizadoras da especialista em Nísia Floresta, Constância Lima Duarte, e prefácio de Stella Maris Scatena Franco, esta é uma edição definitiva da obra pioneira.