A temível Medusa era inicialmente uma belíssima jovem apaixonada por Posêidon. Enfeitiçada por Atena, transforma-se em monstro. O fruto de seu amor impossível, entretanto, será Pégaso, o cavalo alado da luz, protetor de corajosos guerreiros como Perseu. Mostrando a atualidade da mitologia grega e sua presença camuflada no universo dos quadrinhos, desenhos animados e filmes de ação, a autora convida seus leitores para um encontro surpreendente com Apolo, Atena, Hermes, Posêidon, Zeus e outros deuses. Cada um narra suas peripécias, mas, como a convivência entre eles nem sempre é pacífica, as versões para cada história se contradizem
Era uma vez uma casa na rua Egito, onde morava um coelho chamado Edward Tulane. O coelho era muito feliz: pertencia a uma menina chamada Abilene, que o tratava com o maior cuidado e o adorava. Mas um dia o coelho se perdeu e foi obrigado a viajar, das profundezas do oceano até a rede de um pescador, do topo de um monte de lixo até a fogueira de um acampamento de mendigos, da cama de uma criança doente até as ruas de Mênfis. Nessa aventura extraordinária, Edward aprendeu a amar, sofreu perdas e voltou a amar.
Quando se fala em mitologia, a primeira ideia que nos vem é a dos deuses e heróis dos mitos gregos. A preocupação do autor desta antologia foi a de aproximar os heróis gregos do jovem leitor de hoje, usando uma linguagem simples e humanizando seus personagens. Pandora se enreda em problemas como tantas outras mulheres curiosas deste mundo; Perséfone enfrenta o ciúme de Deméter como muitas outras moças que escolhem um marido que não agrada à mãe; o ambicioso rei Midas é um ser humano como muitos outros que aprendem grandes lições por meio do sofrimento. Para ilustrar este livro, Pep Montserrat reinventa imagens da Antiguidade clássica adotando estilo e cores modernas. Assim, autor e ilustrador oferecem ao leitor de hoje uma versão vibrante e inovadora dessas histórias eternas.
Após cumprir pena de trabalhos forçados por quase vinte anos, Jean Valjean é posto em liberdade. Seu coração está cheio de ódio e rancor. Sem ser aceito em nenhum lugar, encontra abrigo na casa do bispo, que lhe oferece comida e pouso. Mas a amargura e a revolta que traz no coração fazem com que Jean Valjean não reconheça a generosidade recebida. A partir desse acontecimento, Jean Valjean vai descobrir uma fé que julgava morta dentro dele, e qualidades que também desconhecia haver em si próprio.
Nesta história, os detetives mirins Marco e Maia tentarão descobrir quem está sequestrando os cachorros da cidade de Valleby. A caçada ao criminoso os levará diretamente para a escuridão de um cinema. Você está pronto para mais esse mistério? Os livros dessa coleção transformam os jovens leitores também em detetives mirins, já que eles tentarão solucionar o caso junto com o Marco e a Maia.
Pilar e Breno montaram a Sociedade dos Espiões Invisíveis (SEI) e estão dispostos a desvendar os mistérios do passado. A menina achou um recorte de jornal com uma notícia pela metade e tem certeza de que é uma pista sobre o paradeiro de seu pai, que não chegou a conhecer e de quem só tem uma foto antiga. A investigação exige malas prontas e mais uma incrível viagem. Em um giro na rede mágica, os dois e o gato Samba vão parar em pleno rio Amazonas! Juntos, vão enfrentar os feitiços da Iara, descobrir os segredos da Floresta Encantada habitada pela temível Cobra-Grande e ainda se dar conta de que suas árvores estão sendo destruídas e de que é preciso fazer alguma coisa para preservá-las. Pilar aprende sobre comer pupunha cozida e peixe com açaí, dormir em rede, andar de gaiola e canoa e morar em uma palafita.
Três irmãs, duas idades diferentes, três visões de mundo, todas no mesmo barco, de férias na Antártica. Conheça neste livro o delicado equilíbrio do planeta e, de quebra, o divertido jeito de encarar o mundo das jovens Laura, Tamara e Marininha, filhas do navegador Amyr Klink e da fotógrafa Marina Bandeira Klink. Nos relatos de viagem, estão as lembranças de cinco expedições em família ao continente antártico, onde focas, pinguins, baleias e muitos outros animais especiais passam o verão. Com ainda pouca vivência, elas já sabem e entendem que nosso planeta precisa de cuidados e que, onde quer que a gente viva, nossas atitudes refletem em lugares muito distantes daqui.
Todos os dias Matilda passava horas na Biblioteca, lendo um livro atrás do outro. Mas quanto mais ela lia e aprendia, mais aumentavam seus problemas. Os pais passavam o tempo todo vendo televisão, e achavam muito estranho a menina gostar tanto de ler. A diretora da escola achava Matilda uma fingida, pois não acreditava que uma criança tão nova pudesse saber tantas coisas.
Bruxa de verdade nem parece bruxa. E aí está o perigo. Como é que a gente vai saber quem é bruxa e quem não é? Pois este livro conta a história de um menino que, de tanto se meter em encrenca com bruxas, acabou especialista no assunto.
A história é narrada nas cartas que Marisa escreve para a prima Ângela. Além de fatos do cotidiano de sua casa, da escola, dos amigos, Marisa conta o desenrolar do mistério que se criou em torno do novo vizinho, um ser invisível, o misterioso morador da casa verde. O texto é leve, muito agradável, escrito em forma de narrativa epistolar, falando sobretudo sobre a amizade e o encontro com o outro.
Como contar crocodilos é, sob todos os aspectos, uma obra encantadora. Aqui a autora Margaret Mayo reuniu oito contos populares, de nações e lugares tão afastados como a Indonésia e as planícies norte-americanas, o Japão e a Grã-Bretanha, a Grécia e as savanas africanas. Em seguida, recontou-os a seu modo, com doçura, emoção e simplicidade incomparáveis. Neste livro, coelhos, leões, ursos, coiotes, tartarugas, corujas, macacos, crocodilos e muitos outros bichos nos dão lições de astúcia, de sabedoria, de convivência e de pura travessura. Exemplares, nesse sentido, são a calma coragem da Vovó Coelha, que enfrenta docemente um leão muito mandão, ou a esperteza de Mamãe Lebre, que, para que seus filhotes consigam brincar em paz, dá uma lição no Elefante e no Hipopótamo ao mesmo tempo. Mas um aspecto fundamental, que faz deste um livro absolutamente único, são as maravilhosas ilustrações de Emily Bolam. Com um sentido intenso do colorido, um desenho claro e emotivo, suas composições integram perfeitamente o texto e a imagem, tornando a leitura um ato amoroso tanto para a criança como para o adulto. Como contar crocodilos tem projeto gráfico primoroso e foi traduzido com grande sensibilidade por Heloisa Jahn. Título Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - FNLIJ 1996, categoria tradução/criança
As portas da Fantástica Fábrica de Chocolate vão se abrir! Pegue o seu bilhete dourado e embarque nesta incrível (e muito doce) aventura com Charlie, Willy Wonka e os Umpa-Lumpas. A Fantástica Fábrica de Chocolate, clássico da literatura mundial em uma nova edição pela Galera Record.
José era uma girafa solitária que morava na savana africana. José Girafa vivia entediado, porque não tinha amigos e passava o dia todo sem ter o que fazer. Um dia, ele escreveu uma carta e pediu que o pelicano a entregasse ao primeiro animal que encontrasse "do outro lado do horizonte". Assim, outros animais foram entrando na sua história e seu tédio foi passando, passando... O texto simples e as despojadas ilustrações a traço dão a este livro um tom delicado, que emociona do início ao fim. Tradução de Monica Stahel
Um livro de parlendas que auxilia o processo de leitura e alfabetização. Todo em letra bastão, algumas palavras da parlenda são desenhos, que instigam o pequeno leitor a decifrar o código escrito por meio da identificação de palavras dispostas no final da página. Fazendo a relação palavra e imagem, as crianças, mesmo as pequenas, conseguem ler as parlendas memorizadas, o que é um incentivo à aquisição da leitura convencional.
Os poemas escolhidos para integrar esta coletânea desnudam os elementos fundamentais da obra de João Cabral de Melo Neto. Morte e Vida Severina (1954-55), poema que dá nome ao livro, é a obra mais popular de João Cabral e aborda o tema da seca nordestina, dando voz aos retirantes que fazem o duro percurso entre o rio Capibaribe e Recife. O poema O rio também retrata o universo árido às margens do rio Capibaribe, mas dá voz a ele próprio como condutor da narrativa. Engenhos de cana-de-açúcar, usinas, retirantes e trabalhadores são retratados na velocidade do correr das águas. Em Paisagens com figuras (1955), João Cabral sintetiza em palavras uma de suas principais características, que é o hibridismo de linguagens. Mesclando descrições de imagens de Pernambuco, com paisagens da Espanha, o poeta desfila toda sua expressividade onírica. Por fim, Uma faca sem lâmina (1955), trata do desafio da composição poética, que ele ilustra numa faca sem bainha, que corta o poeta por dentro.
Os contos deste livro retratam situações insólitas em que o dramático e o fantástico se misturam, alterando o cotidiano de pessoas comuns.
O visconde partido ao meio, publicado originalmente em 1952, veio a compor com O cavaleiro inexistente e O barão nas árvores uma trilogia a que Italo Calvino (1923-85) chamou de Os nossos antepassados, uma espécie de árvore genealógica do homem contemporâneo, alienado, dividido, incompleto. É a história de Medardo di Terralba, o voluntarioso visconde que, na defesa da cristandade contra os turcos, leva um tiro de canhão no peito, mas sobrevive, ficando absurdamente partido ao meio. A metade direita atormentada pela maldade, e a esquerda, pela bondade. "Ainda bem que a bala de canhão dividiu-o apenas em dois", comentam aliviadas suas vítimas.
Zlata tem onze anos e vive em Sarajevo. Mantém um diário, no qual vai registrando seu cotidiano. Mas a guerra eclode na ex-Iugoslávia e irrompe no diário da menina. As preocupações do dia-a-dia desaparecem diante do medo, da raiva, da perplexidade. O universo de Zlata desmorona. "Domingo, 5 de abril de 1992Dear Mimmy,Estou tentando me concentrar nos deveres (um livro para ler), mas simplesmente não consigo. Alguma coisa está acontecendo na cidade. Ouvem-se tiros nas colinas. [...] Sente-se que alguma coisa vai acontecer, já está acontecendo, uma terrível desgraça."Título Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - FNLIJ 1994, categoria tradução/criança